REATA

Esta rede é formada por um grupo de autoridades e lideranças de comunidades de povos tradicionais de matrizes africanas dos Estados do Amapá, Amazonas, Pará, Maranhão, Rondônia e Roraima, que desde 2004 tentava se organizar sob a sigla CARMA – Coordenação Amazônica da Religião de Matriz Africana e Amerindia, e que se reuniram em Manaus em junho de 2013 com o objetivo de rearticular autoridades e lideranças de matriz africana dos nove estados da região amazônica para ações conjuntas pelo reconhecimento, proteção e salvaguarda do patrimônio material, imaterial, biológico e genético dos Povos Tradicionais de Matriz Africana e das tradições afro-amazônicas; pela preservação da memória cultural e das tradições afro-amazônicas; pela defesa da população negra na Amazônia, em especial a dos Povos Tradicionais de Matriz Africana, sua liberdade de expressão através preservação das tradições das diversas matrizes; enfatizar os princípios das tradições e das culturas afro-amazônicas no tocante a saúde (prevenção e cura), hábitos alimentares, manifestações artísticas e culturais, consciência ambiental, educação e civismo; e também para disputar os espaços de diálogo entre sociedade e gestão de governos nas três esferas.
Nesse momento, a principal questão que se apresentou nas discussões, foi a representação regional dos povos tradicionais de matriz africana nos conselhos e houve um consenso sobre a necessidade de termos uma organização que abrangesse toda a região amazônica para podermos indicar candidatos ao assento nas instâncias de diálogo e controle social nos diversos ministérios, e articular essas candidaturas com a representação efetiva (ou desejada) nos estados e municípios.
Dessa reunião em 2013 as lideranças presentes decidiram mudar a forma e o nome da organização. que passou a ser ARATRAMA - Articulação Amazônica dos Povos Tradicionais de Matriz Africana – ARATRAMA, que funciona de acordo com um regimento interno, aprovado pelo grupo, que define as formas e as responsabilidades de cada organização para o desenvolvimento de atividades em todos os estados da região amazônica.
Uma nova reorganização aconteceu em novembro de 2013, e uma parte dessas lideranças se desligou da ARATRAMA e se reorganizou sob a sigla REATA – Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana, falando em reatar afetos e reatar lideranças da diversidade de tradições afro-amazônicas em prol dos objetivos comuns construídos em Manaus em junho de 2013. Essa reorganização aconteceu em novembro de 2014, em Palmas/TO, durante o II Diálogos com a SEPPIR-PR, e foi reafirmada em dezembro do mesmo ano, em Brasília/DF, durante o Encontro Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

REATA - Rede Amazônica de Tradições de Matrizes Africanas






 
Esta rede é formada por um grupo de autoridades e lideranças de comunidades de povos tradicionais de matrizes africanas que se reuniram em Manaus em junho de 2013 com o objetivo de disputar os espaços de diálogo entre sociedade e gestão de governos nas três esferas. A principal questão que se apresentou nas discussões, foi a representação regional dos povos tradicionais de matriz africana nos conselhos e houve um consenso sobre a necessidade de termos uma articulação que abranja toda a região amazônica para podermos reclamar assento nas instâncias de diálogo e controle social nos diversos ministérios, e também nos estados e municípios.
Nesta reorganização regional ocorrida em novembro de 2014, em Palmas/TO, durante o II Diálogos com a SEPPIR-PR, e reafirmado em dezembro em Brasília/DF, durante o Encontro Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, a condução das conversas resultou na sigla REATA - Rede Amazônica de Tradições de Matrizes Africanas, uma sigla que se propõe a reatar afetos e reatar lideranças da diversidade de tradições afro-amazônicas em prol dos objetivos comuns construídos em Manaus em 2013.

Coordenação na Amazônia Ocidental: Mãe Marlene Yokolecy (RO) e Pai Delmiro Freitas (RR).
Coordenação na Amazônia Oriental: Mâe Luzimar Brandão (Mãe Luza/ MA) e Táta Kinamboji (Arthur Leandro/PA)

Contatos:
Mãe Luza – (98) 983245766/ 999825766
Mãe Marlene – (69) 992621732/ 993299398
Pai Delmiro – (95) 991481449
Táta Kinamboji – (91) 980353377/ 984506974/ 993223377/ 999333077,

A REATA tem como objetivos e fins:

1.      Representar as organizações dos Povos Tradicionais  de Matriz Africana que participam da REATA, perante o poder público e a sociedade;
2.      Lutar pelo reconhecimento, proteção e salvaguarda do patrimônio material, imaterial, biológico e genético dos Povos Tradicionais de Matriz Africana e das tradições afro-amazônicas;
3.      Lutar pela preservação da memória cultural e das tradições afro-amazônicas postulando a defesa da População negra na Amazônia, em especial a dos Povos Tradicionais de Matriz Africana, sua liberdade de expressão através preservação das tradições das diversas matrizes, postulando a adoção de medidas legais proteção e amparo aos interesses morais e culturais das comunidades do Povo tradicional de Matriz Africana.
4.      Enfatizar os princípios das tradições e das culturas afro-amazônicas no tocante a saúde (prevenção e cura), hábitos alimentares, manifestações artísticas e culturais, consciência ambiental, educação e civismo;
5.      Desenvolver projetos de comunicação social comunitária de caráter étnico que visem promover a valorização da ancestralidade africana e divulgar informações sobre os povos e comunidades tradicionais de matriz africana e suas atividades;
6.      Realizar estudos, pesquisas, edição de livros e outras publicações e eventos que contribuam para melhorar o nível de informação e conhecimentos sobre as Culturas e as tradições afro-amazônicas;
7.      Buscar o intercâmbio com as entidades congêneres, no âmbito Nacional, Internacional e com os órgãos públicos e privados, e executá-los de forma a alcançar os objetivos propostos entre outros.
8.      Articular a defesa de lideranças, membros e de espaços das comunidades dos Povos Tradicionais de Matriz Africana em juízo e fora dele contra quaisquer ataques que publicamente sofrerem;
9.      Promover estudos e ações que visem a preservação e o cultivo de plantas, ervas e árvores sagradas, assim como do meio ambiente;
10.   Exercer o controle social sobre o meio ambiente, desenvolvendo projetos e recursos com a finalidade de manter os rios, mares, oceanos, riachos e matas, incentivando o uso de materiais biodegradáveis e a reciclagem de material;
11.   Promover ações de assistência integral para os hospitalizados, a população carcerária, para a população de rua, e para a redução de danos do alcoolismo e outras drogas,
12.   Promover estudos, convênios e ações que tratem da segurança alimentar e nutricional da população negra na Amazônia, em especial das comunidades dos povos tradicionais de matriz africana;
13.   Promover estudos, convênios e ações que tratem da prevenção e combate ao tráfico humano, prostituição infantil e o trabalho escravo, com vista a proteção da população negra na Amazônia, em especial das comunidades dos povos tradicionais de matriz africana;
14.   Promover estudos, convênios e ações que tratem das questões de defesa dos direitos da diversidade de gênero, da juventude, de mulheres e da diversidade sexual, inclusive LGBTT, sob o recorte racial da população negra;
15.   Reconhecer e fomentar as práticas tradicionais de saúde preservadas pelos povos e comunidades tradicionais de matriz africana;
16.   Fortalecer a temática dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana na implementação da Política Nacional da Saúde Integral da População Negra.
17.   Desenvolver ações de promoção da saúde da população negra com ênfase na prevenção e cura em HIV-AIDS, Hepatites Virais, Tuberculose, e Anemia Falciforme, entre outras;
18.   Promover ações que visem a regularização fundiária e a institucionalização dos espaços necessários à manutenção das tradições de matriz africana;
19.   Buscar o Fundo Nacional de Habitação, e outros programas de governo, para o financiamento da casa própria para povos tradicionais de matriz africana;
20.   Promover a defesa dos Direitos Humanos e o combate à violência contra a ancestralidade africana no Brasil e ao racismo institucional referente aos povos e comunidades tradicionais de matriz africana.
21.   Incentivar as organizações que participam da REATA a buscar meios e parcerias para criar centros de saúde para atendimento médico e odontológico que respeitem as tradições afro-amazônicas em cada estado.
22.   Incentivar as organizações que participam da REATA a buscar meios e parcerias para criar centros de atendimento e acompanhamento de processos judiciais para dar suporte aos casos que envolvam injustiças praticadas contra as comunidades dos povos tradicionais de matriz africana;
23.   Incentivar as organizações que participam da REATA a buscar meios e parcerias para criar centros de referência das culturas e das tradições de matriz africana, com biblioteca, cineclube, galeria, teatro e espaço de convivência, para o acesso da população interessada em ampliar seus conhecimentos sobre as tradições afro-amazônicas, cada um dos nove estados da Amazônia brasileira;
24.   Incentivar as organizações que participam da REATA a ocupar os espaços de controle social e diálogo da sociedade com a gestão pública, principalmente nos conselhos das três esferas de governo;
25.   Pleitear junto aos Governos a adoção de políticas públicas que objetivem o desenvolvimento da população negra, a integração e preservação da cultura e das tradições afro-amazônicas;
26.   Contribuir para que a sociedade civil possa construir alternativas de desenvolvimento fundadas nos valores civilizatórios das tradições de matriz africana;
27.   Ofertar cursos de aperfeiçoamento para o mercado de trabalho, com ênfase na formação e capacitação profissional, como instrumentos de valorização humana.
28.   Promoção do voluntariado.

29.   Elaborar em nível de parceria, projetos nas diversas áreas de atuação do setor público e privado, e executá-los de forma a alcançar os objetivos propostos, entre outros

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